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terça-feira, 29 de setembro de 2009

SOLIDÃO...

Na solidão de momentos, passo a vida recordando o que já vivi, passo os olhos para dentro e enxergo o passado como se estivesse presente neste mesmo instante, e prevejo um pedaço do futuro nas lições que tiro de cada tempo já passado, de cada fato já acontecido.

(01/09/1981)

"SONHOS DESFEITOS"

Revivendo,sorrindo

Acaletando sonhos

Desfeitos na realidade

Que se vai vivendo

E a cada momento

tem-se a impressão

De que a qualquer instante

vai-se deixando para trás

Tudo o que na vida

dáva-nos um pouco de esperança

Mas que ao surgir o fim da estrada

O reviver ficou apenas

num sonho desfeito pela realidade

De cada ser vivente

Que aos poucos torna-se indiferente

ao futuro...

No entanto, sempre é possível

Que ao longe,na distância infinita

da vida do espírito

Possa-se retornar a confiar na vida

E ficar quieto,esperando,

Construir novos sonhos

Que talvez não serão

desfeitos pela realidade

Que se for vivendo...

Que aos poucos torna-se indiferente

ao futuro

INCERTEZA

Incerteza da vida,
do momento,do futuro
da vida,do teu e do meu proceder,
do meu fugir da realidade,
do meu sentido de vida,do bem,do mal,
do que fazer e do não fazer,
do ser e do não ser,
da esperança,da desilusão,
do sofrer,enfim,incerteza
é a meta não traçada
que se vai tendo
no decorrer da vida
Deixando somente a certeza
de que no fim encontraremos
uma nova incerteza...

domingo, 27 de setembro de 2009

REVIVER-(05/05/1981)

Nascemos para morrer
Morremos para reviver
E o que será reviver?
É deixar o espírito falar por nós
É deixar o coração aberto para os
sentimentos transparecerem,
em toda a sua plenitude...
Reviver é viver
Viver no mesmo plano da morte
É estar consciente do presente,
passado e
futuro...
É ser e não ser
É estar vivo e morto,
Ser sensível ao insensível,
Ser alegre com as tristezas,
É estar belo mesmo nas imperfeições,
É sentir o nosso corpo
tomado pelo espírito...
É sentir o nosso corpo tomado pelo espírito,
O espírito de Deus manifestando-se
em nós...
Reviver é pois, saber viver
Enquanto houver vida no espírito
O espírito depositado pelas mãos,
Pelas mãos maravilhosas de Deus!

Sem título (i)


Olhar o mar,pensar no que existe nele,é lindo,é um eterno sonhar...

Olhar o rosto de uma pessoa a passar e procurar descobrir o que esconde

dentro de si,

É impossível,mas verdadeiramente belo...

Deixar-se envolver pela súbita simpatia que se tem

Quando de repente os olhos se encontram, deixando entrever talvez,

Um emaranhado de pensamentos,que aos poucos vão tomando sentido

Pois afinal,trata-se de envolvimento de dois seres essencialmente humanos...

FRAGMENTOS


Sonhos de uma noite de verão,
lua cheia de resplendor,
de arco íris navegando em luzes
Do rio que balança ao sabor do vento...
tempestade de ilusões murmurejam canções em
Doces lembranças do que se foi e
no amanhã que virá em tardes quentes,
vazias de
Lembranças, mas a saudade teima em ficar...
Solidão acorda na mente, coração triste a cantar,
por mais que eu tente sorrir...
No barulho do vento a recordar doces pensamentos
a me fazer ir
Sem querer voltar...
Teimo em vir(?)
para onde(?)
prá lembrar o que
hoje é sonho
Amanhã pura recordação...
Sentei-me num banco de estrelas
a sonhar,
a sorrir
a recordar tempos passados
Em noites de luar
Em que a lua margeia no campo florido
E as luzes do rio a lembrar
pirilampos soltos no ar...
(feito em 2005)

sábado, 26 de setembro de 2009

SONHOS

Enlouquecidos,
Saídos de uma imaginação
insana
mas loucamente sadios...

À medida que o tempo me
leva para viver o momento
Até a última aspiração
de um último suspiro às vésperas
de uma morte
Que surge na sombra de
um momento em que
pensei reviver
como se estivesse novamente
nascendo!

Não há certezas,
Não há porém
Mas há em contrapartida
O furor de momentos
planejados,
Fechados na mente
Para serem vividos
Sentimentos sentidos

Emoções a florar
Sem tensões,
a descobrir
porque tudo é mistério
Mas vivido,sentido

Como se a vida tivesse enlouquecido
E eu fizesse parte dela
sem querer
Desejando mesmo assim
tomar até o último cálice
Com um furor que não sabia
que dentro de mim existia

Mas vou adiante
Não caio para seguir,
Tropeço em pedras
mas junto-as e as
torno degraus
para na vida subir...

Doces momentos solitários
Com quem ei de dividir?
Parece sonho
Parece ilusão
Imaginação brincando

Na noite,no dia,
Na penumbra,na luz
Tudo ofuscando
e brilhando

Como se o reflexo
dos meus medos
Não me dispusessem
a ver o que há por vir...
Não tenho porque não seguir...

Passos descaminhados
Sentidos alertas
Não posso deixar
de seguir
para frente
ei de caminhar

Construirei meus atalhos
E não desistirei

Porque o tempo
não permite
as pessoas hão de me cobrar
E eu mais que ninguém
de mim irei exigir

Reconstruirei o meu amanhã
nas pedras,
nos caminhos
Que hoje (e sempre)
tenho que pisar e
seguir...

A VIDA


A vida é sonho passageiro

Nos leva a ir pelos caminhos

Que mais nos fazem ser

Verdadeiramente filhos

da incerteza,

Em futuros

não pensados

Por nós...



Não pensei...

Não imaginei...

Deixarei acontecer

E mais viver...

Intensamente viver...


Cada momento,

Cada instante

Como se fosse o primeiro

E o último a ser vivido...


Como se a gota d'água molhasse

Num segundo meu coração

E me energizasse

totalmente,

corpo,

alma,

espírito...

Esse é o mistério do viver...


sexta-feira, 25 de setembro de 2009


Havia um barco na prôa,ao largo de um sonho dourado
num sol brilhante ao contato com a luz da vida...
um barco dito só nas vezes em que vi
o tempo passar na imensidão de um mar
que se quebra sem deixar nuvens passadas
no azul do horizonte em que vejo um arco íris
dourado,os meus verdes maduros anos
próximo ao outono que o inverno regou
em flores múltiplas que hão de no futuro
meu corpo perfumar...
(ano de 1997)

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Para minha mãe

Ah!Quanto tempo faz que olho no teu rosto marcas de uma vida que passeia ao luar e saudades de doces lembranças de tempos já vividos e amargurados na rotina de um tempo que passou mas ficou no teu rosto um quê de ternura por experiências passadas.

"_Vida! O que é viver?"
Perguntas a mim e eu não sei o que dizer.O teu semblante me diz que já viveste tanto e queres descançar.

Que sentes vontade de dormir e não mais acordar.
Que o vento te traz à lembrança momentos já vividos e que já desejarias não mais passar.
O que te dizer quando me olhas com olhos de quem já muito amou e deixou de viver prá si prá se entregar de corpo,alma e coração a seres que não souberam ver que o teu ser é tão lindo e que contens em ti a alma de um pássaro que se recolhe ao ninho e afaga os seus com doces cuidados de quem não quer perder os entes mais caros que Deus lhe deu...

Amargas são as horas em que te pões a pensar sobre tudo o que já tiveste e deixaram de te pertencer por algumas loucuras,por alguns te deixarem ao longo de tua estrada sem poder carregar aquilo que possuías e que se tivesses alguém prá te ajudar,tu poderias para sempre guardar...


O que te dizer se tu vais aos poucos definhando,se deixando levar sem querer mais a vida viver e sonhar?...
Não sonhas mais,não devaneias mais,não queres mais querer,não almejas mais esperar,só queres te ir e não mais ficar...
Por favor!Não te vás ainda,fica aqui e me sustenta com tua força,com teu poder,ensina-me a viver com esperança ainda que a tenhas perdido e não sabes aonde encontrá-la,mas se já a vivenciaste me dirás com certeza por onde a encontravas,em que momentos mais a tiveste presente em tua vida.


Foste amada,loucamente amada por todos que em ti perceberam não uma simples mulher,mas um ser tão diferente que por mais que queiram te definir nunca conseguirão, mas eu posso aqui me permitir dizer que uma palavra te resume em toda a tua grandiosa extensão: AMOR

NÃO...

Não sei se o meu certo hoje será meu erro de amanhã,
de uma coisa porém,tenho certeza:
tentei fazer o melhor...


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Não há dúvida de que o tempo urge,
não há mais tempo para nada,
o inevitável é um persistente apelo
para a nossa vida ser o que sempre foi
e será:um cotidiano esperar
pelo tem que ser...


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Não sinto em mim a chama da vida persistente no meu peito como sentia antes, agora tudo é passageiro,é lenta agonia,é esperar um momento que tanto pode vir como não
e desaparecer na penumbra de uma noite sem outro dia.
O que esperar da vida se tudo perdeu o sentido?
Em que me agarrar se o meu porto sumiu sem eu poder saber aonde foi dar?


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Quando as flores caem no chão e alguém as pisa,é sinal que o outono chegou e é hora de voltar a procurar um novo sentido na vida e tentar fazer desabrochar no interior de cada um a vontade de viver e perceber que sempre há tempo de voltar e se revestir de esperança no amanhã,redescobrir nas pequenas coisas a beleza de um mundo sempre possível de ser renovado e aprender a ver que por trás de um momento de angústia existe um tempo de calmaria e de despertar para uma nova Aurora,de um novo tempo dedesafios e passagens para novos eternos labirintos de questões a serem respondidas e reaprendidas...

terça-feira, 22 de setembro de 2009

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

CÂNTICO DOS CÂNTICOS

Ela:Que ele me beije com os beijos de sua boca.

Teu amor é mais delicioso que o vinho;

o aroma de teu perfume é suave,

e teu nome é bálsamo derramado:

por isso,amam-te as donzelas.



Leva-me contigo,corramos!

O rei introduziu-me em seus aposentos:

serás a nossa alegria e o nosso júbilo.

Celebraremos teu amor mais que o vinho:

como é bom amar-te!




"... À SUA SOMBRA,COMO DESEJEI,ESTOU SENTADA,E SEU FRUTO É DOCE À MINHA BOCA."


"Amparai-me com bolos de uva,

reanimai-me com maçãs,

pois estou doente de amor.

Seu braço esquerdo sob minha cabeça

e seu braço direito me estreita"

domingo, 20 de setembro de 2009

AMOR

Amor é fogo que arde sem se ver,
é ferida que dói e não se sente,
é um contentamento descontente,

é dor que desatina sem doer,

é um não querer mais que bem querer,
é solitário andar por entre a gente,
é nunca contentar-se de contente,
é cuidar que ganha em se perder;

é querer estar preso por vontade,
é servir a quem vence o vencedor,
é ter com quem nos mata lealdade,

Mas como causar pode seu favor
nos corações humanos amizade,
se tão contrário a si é o mesmo Amor?

(LUIZ VAZ DE CAMÕES)

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