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quarta-feira, 4 de maio de 2011


Educação Para A Paz publicado em Educação para a Paz.
Celebrar a vida e construir uma Cultura de Paz: notas sobre amor...dor....Realengo....

 Passada uma semana do fato violento ocorrido na escola do Rio de Janeiro, as manchetes vão diminuindo, outras “tragédias” vão surgindo e corremos o risco de, mais uma vez, perder a oportunidade de refletir mais e melhor sobre violências na sociedade e nas escolas. É importante ressaltar que não há resposta única para o atentado na escola carioca. Ao mesmo tempo em que se fala de doença mental, surgem informações da história de vida do jovem que cometeu o crime. Uma história marcada por espisódios de violência/assédio moral na escola (o que tem tem sido chamado de bullyng) que envolviam o corpo (aparência física), característica instrospectiva (timidez), além de situações que levantam aspectos religiosos, sexuais, familiares, uso da internet e jogos violentos, que, somados, podem ter contribuído para a situação extrema.

 Nessa breve reflexão, (com a clareza que é uma reflexão pessoal e não um texto acadêmico) não falaremos do caso em si, mas das questões subjacentes ao mesmo e que compõe um quadro de preocupações para todos que convivem com crianças e adolescentes, particularmente em situações educaticas (casas, escolas, projetos etc.) Seguem algumas questões:

1.Normalmente se diz: “os adultos devem estar atentos às mudanças nas crianças”, mas, quando diremos “os adultos devem estar atentos às suas atitudes e como elas influenciam as crianças” e ainda “os adultos devem estar atentos em suas próprias mudanças”, aqui cabe relembrar o que já sabemos: o papel dos adultos (com exemplos, palavras, gestos) na formação da personalidade dos pequenos. Então, como pais e educadores, temos pensado verdadeiramente sobre isso???

2.Ouvimos muito: “a sociedade é violenta”, mas, quem é a sociedade? Quem dirige os carros e são os “donos das ruas”, quem comete quaisquer forma de “corrupção” para demostrar poder, quem humilha por ter alguns “rótulos” a mais no jogo social, quem precisa ter..ter...ter e joga fora as tantas oportunidades que a vida oferece para ser-mais...

3.PAZ (SAÚDE)  E VIOLÊNCIAS (DOENÇAS) com lógicas parecidas. Ambas tem histórias... tanto a Doença quanto as Violências uma hora “aparecem mais”, e, na quase totalidade são fruto de atitudes e de práticas não saudáveis repetidas. Daí pensar sobre uma cultura de saúde, não apenas a “prevenção”, mas uma nova cultura. Assim como as Violências que são fruto de nossas opções, escolhas, práticas reproduzidas de enfrentamento, intolerência, não diálogo, engessamentos sociais, medo de buscar apoio no outro, ao contrário, olhar nos outros apenas concorrentes, adversários, inimigos!!! 

4.Já ouviram o ditado: “pelo amor ou pela dor?” Se aplica nos casos de saúde/doença, paz/violências. Até quando as dores todas, físicas e da alma serão mais pedagogicamente eficazes? Até quando vamos acreditar e viver a violência (dos pensamento, palavras, gestos e atitudes) como padrão? Fatos como o da escola do Rio de Janeiro nos ensinam alguma coisa? Ou é mais uma tragédia a ser “consumida” nos seus detalhes mais sórdidos, até que outra coisa aconteça (assim como já ocorrerão). Até quando precisamos da “morte” para vermos que estamos vivos e que a vida vale à pena?????????

5.ENTÃO: AINDA É POSSÍVEL CELEBRAR A VIDA??? Vale lembrar algumas passagens interessantes como o Ato Ecumêmico na Escola, mobilizando dores na tentativa de transformá-las e atitudes – POR ISSO É FUNDAMENTAL PROJETOS CLAROS DE EDUCAÇÃO PARA A PAZ – MEDIAÇÃO DE CONFLITOS – PEDAGOGIA DA CONVIVÊNCIA NAS ESCOLAS – é necessário que reconheçamos os limites dos modelos escolares de nosso tempo (nestas questões de humanização e relações interpessoas). Não é “culpa” de ninguém, são modelos culturais e precisam ser repensados, recriados, reinventados. 

6.Outras imagens: moradores pintando a cada de familiares de W. após a pichação, falando da importância de não estender as violências, de buscar o equilíbrio e não continuar a “onda” da agressão. Percebe-se que a mobilização das pessoas pela PAZ já não é tão isolada, nem “marketing”. São atitudes, proatividade pela Não-violência. É enfrentar a doença/violência, não apenas prevení-la, mas mudar a cultura...uma CULTURA DE PAZ, que de uma forma CLARA, NÃO-INGÊNUA E PROTAGONISTA vai surgindo, apesar ainda da mídia sensacionalista, masm mesmo está (vale observar) começa aos poucos, pautar algumas questões e ângulos diferentes, mais propositivos também.

http://www.facebook.com/l/97376fSvaI7iuIxiwY_j4ezT7DQ/7.As salas de aula mais atingidas, virarão salas “diferentes” (como talvez devessem ser todas as salas das escolas), com ambientes para leitura, música, informática. Vale lembrar que as salas de aula onde ocorrem as mortes em Virginia Tech (EUA -16/04/2007 – 4 anos essa semana) foram tranformadas no Centro de Estudos da Paz e Prevenção de Violências (confiram em http://www.facebook.com/l/973769lkYoWVKgTJpdTihKVOaIg/www.cpsvp.vt.edu ) É necessário “materializar” a presença da Educação para a Paz !!!

8.Por fim, sempre entendendo a provisoriedade e os limites da pequena reflexão, cabe reafirmar que temos a vida em nossas mãos, temos a história como nosso tempo de construção, podemos tomar atitudes que geram paz ou violências, podemos aprender com a resolução não violenta dos conflitos, podemos aprender a ser mais solidários, cooperativos, atentos e cuidadosos com as pessoas de nossa vida. Se parece tão difícil, podemos “treinar” em casa, nas famílias, o diálogo amoroso e o cuidado essencial. Podemos acreditar mais na vida, no mundo e nas pessoas! Não precisamos temer as boas palavras e nem viver desconfiando dos gestos amistosos! Precisamos reconhecer que as boas palavras, gestos, atitudes são geradores de coisas tão especiais, que muitas vezes não sabemos objetivamente os desdobramentos, mas podemos crer que contribuem com o mundo! ASSIM COMO, muito do que a sociedade atual tem feito leva às violências, igualmente podemos fazer o processo inverso!!! Podemos, cada um de nós, em nossos dias, famílias, trabalhos, grupos todos ... criar juntos uma CULTURA DE PAZ!!! 

Atenciosamente, 
Prof. Nei Alberto Salles Filho
Núcleo de Educação para a Paz http://www.facebook.com/l/97376t4Fb0UaBT8kcuY3Xo1Qwgg/www.uepg.br/nep 
Universidade Estadual de Ponta Grossa, Paraná, Brasil.
Educação Para A Paz14 de abril de 2011 07:14
Celebrar a vida e construir uma Cultura de Paz: notas sobre amor...dor....Realengo....

Passada uma semana do fato violento ocorrido na escola do Rio de Janeiro, as manchetes vão diminuindo, outras “tragédias” vão surgindo e corremos o risco de, mais uma vez, perder a oportunidade de refletir mais e melhor sobre violências na sociedade e nas escolas. É importante ressaltar que não há resposta única para o atentado na escola carioca. Ao mesmo tempo em que se fala de doença mental, surgem informações da história de vida do jovem que cometeu o crime. Uma história marcada por espisódios de violência/assédio moral na escola (o que tem tem sido chamado de bullyng) que envolviam o corpo (aparência física), característica instrospectiva (timidez), além de situações que levantam aspectos religiosos, sexuais, familiares, uso da internet e jogos violentos, que, somados, podem ter contribuído para a situação extrema.

Nessa breve reflexão, (com a clareza que é uma reflexão pessoal e não um texto acadêmico) não falaremos do caso em si, mas das questões subjacentes ao mesmo e que compõe um quadro de preocupações para todos que convivem com crianças e adolescentes, particularmente em situações educaticas (casas, escolas, projetos etc.) Seguem algumas questões:

1.Normalmente se diz: “os adultos devem estar atentos às mudanças nas crianças”, mas, quando diremos “os adultos devem estar atentos às suas atitudes e como elas influenciam as crianças” e ainda “os adultos devem estar atentos em suas próprias mudanças”, aqui cabe relembrar o que já sabemos: o papel dos adultos (com exemplos, palavras, gestos) na formação da personalidade dos pequenos. Então, como pais e educadores, temos pensado verdadeiramente sobre isso???

2.Ouvimos muito: “a sociedade é violenta”, mas, quem é a sociedade? Quem dirige os carros e são os “donos das ruas”, quem comete quaisquer forma de “corrupção” para demostrar poder, quem humilha por ter alguns “rótulos” a mais no jogo social, quem precisa ter..ter...ter e joga fora as tantas oportunidades que a vida oferece para ser-mais...

3.PAZ (SAÚDE) E VIOLÊNCIAS (DOENÇAS) com lógicas parecidas. Ambas tem histórias... tanto a Doença quanto as Violências uma hora “aparecem mais”, e, na quase totalidade são fruto de atitudes e de práticas não saudáveis repetidas. Daí pensar sobre uma cultura de saúde, não apenas a “prevenção”, mas uma nova cultura. Assim como as Violências que são fruto de nossas opções, escolhas, práticas reproduzidas de enfrentamento, intolerência, não diálogo, engessamentos sociais, medo de buscar apoio no outro, ao contrário, olhar nos outros apenas concorrentes, adversários, inimigos!!! 

4.Já ouviram o ditado: “pelo amor ou pela dor?” Se aplica nos casos de saúde/doença, paz/violências. Até quando as dores todas, físicas e da alma serão mais pedagogicamente eficazes? Até quando vamos acreditar e viver a violência (dos pensamento, palavras, gestos e atitudes) como padrão? Fatos como o da escola do Rio de Janeiro nos ensinam alguma coisa? Ou é mais uma tragédia a ser “consumida” nos seus detalhes mais sórdidos, até que outra coisa aconteça (assim como já ocorrerão). Até quando precisamos da “morte” para vermos que estamos vivos e que a vida vale à pena?????????

5.ENTÃO: AINDA É POSSÍVEL CELEBRAR A VIDA??? Vale lembrar algumas passagens interessantes como o Ato Ecumêmico na Escola, mobilizando dores na tentativa de transformá-las e atitudes – POR ISSO É FUNDAMENTAL PROJETOS CLAROS DE EDUCAÇÃO PARA A PAZ – MEDIAÇÃO DE CONFLITOS – PEDAGOGIA DA CONVIVÊNCIA NAS ESCOLAS – é necessário que reconheçamos os limites dos modelos escolares de nosso tempo (nestas questões de humanização e relações interpessoas). Não é “culpa” de ninguém, são modelos culturais e precisam ser repensados, recriados, reinventados. 

6.Outras imagens: moradores pintando a cada de familiares de W. após a pichação, falando da importância de não estender as violências, de buscar o equilíbrio e não continuar a “onda” da agressão. Percebe-se que a mobilização das pessoas pela PAZ já não é tão isolada, nem “marketing”. São atitudes, proatividade pela Não-violência. É enfrentar a doença/violência, não apenas prevení-la, mas mudar a cultura...uma CULTURA DE PAZ, que de uma forma CLARA, NÃO-INGÊNUA E PROTAGONISTA vai surgindo, apesar ainda da mídia sensacionalista, masm mesmo está (vale observar) começa aos poucos, pautar algumas questões e ângulos diferentes, mais propositivos também.

http://www.facebook.com/l/97376fSvaI7iuIxiwY_j4ezT7DQ/7.As salas de aula mais atingidas, virarão salas “diferentes” (como talvez devessem ser todas as salas das escolas), com ambientes para leitura, música, informática. Vale lembrar que as salas de aula onde ocorrem as mortes em Virginia Tech (EUA -16/04/2007 – 4 anos essa semana) foram tranformadas no Centro de Estudos da Paz e Prevenção de Violências (confiram emhttp://www.facebook.com/l/973769lkYoWVKgTJpdTihKVOaIg/www.cpsvp.vt.edu ) É necessário “materializar” a presença da Educação para a Paz !!!

8.Por fim, sempre entendendo a provisoriedade e os limites da pequena reflexão, cabe reafirmar que temos a vida em nossas mãos, temos a história como nosso tempo de construção, podemos tomar atitudes que geram paz ou violências, podemos aprender com a resolução não violenta dos conflitos, podemos aprender a ser mais solidários, cooperativos, atentos e cuidadosos com as pessoas de nossa vida. Se parece tão difícil, podemos “treinar” em casa, nas famílias, o diálogo amoroso e o cuidado essencial. Podemos acreditar mais na vida, no mundo e nas pessoas! Não precisamos temer as boas palavras e nem viver desconfiando dos gestos amistosos! Precisamos reconhecer que as boas palavras, gestos, atitudes são geradores de coisas tão especiais, que muitas vezes não sabemos objetivamente os desdobramentos, mas podemos crer que contribuem com o mundo! ASSIM COMO, muito do que a sociedade atual tem feito leva às violências, igualmente podemos fazer o processo inverso!!! Podemos, cada um de nós, em nossos dias, famílias, trabalhos, grupos todos ... criar juntos uma CULTURA DE PAZ!!! 

Atenciosamente, 
Prof. Nei Alberto Salles Filho
Núcleo de Educação para a Pazhttp://www.facebook.com/l/97376t4Fb0UaBT8kcuY3Xo1Qwgg/www.uepg.br/nep 
Universidade Estadual de Ponta Grossa, Paraná, Brasi

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