Caro Leitor, em algumas partes do mundo – também no nosso País – têm surgido escândalos provocados por padres pedófilos (há também outros vários escândalos ligados à vida sexual dos sacerdotes). Na Europa, sobretudo, a imprensa e certos ambientes da Igreja ditos progressistas vêm procurando associar esses tristes e inaceitáveis casos ao celibato. Eis algumas ponderações que gostaria de fazer:
1. Há, sim, na Igreja, sacerdotes pedófilos. É triste, é vergonhoso, mas é verdade. Eles não estão nela porque a Igreja os promove e os acolhe... Há sacerdotes pedófilos, como há pastores evangélicos pedófilos, pais de família pedófilos, professores pedófilos, juízes pedófilos, médicos, psicólogos, militares e jornalistas pedófilos... Nem mais nem menos! Aliás, como já acenei neste blog, a grande maioria dos abusos de menores dá-se no recinto do próprio lar. Quando era padre acompanhei muitos desses dramas dolorosos e de difícil resolução... Então, por que aparecem muito mais os casos de padres pedófilos? Por vários motivos. Eis alguns: (1) É muito mais difícil para um sacerdote se esconder, (2) os casos com padres são mais divulgados pelo potencial de escândalo e de atrair atenção, (3) há o contato de muitos padres com jovens coroinhas e jovens educandos nas escolas católicas, (4)em alguns países há uma indústria mafiosa para arrancar dinheiro da Igreja com casos de pedofilia verdadeiros ou forjados...
Uma coisa importante: a infidelidade de muitos não pode deixar na sombra a fidelidade heróica e silenciosa de muitos e muitos tantos que, no dia-a-dia, sem aparecer em jornais, dão um esplêndido testemunho de amor a Cristo e aos irmãos. Que ninguém duvide: a grande maioria de nossos padres vive com alegria e amor a Cristo o seu celibato e é digna de todo o respeito e toda a confiança de nossa parte! Os católicos devem ter muito cuidado com uma imprensa em geral anticristã e sensacionalista, preocupada não com a verdade, mas com o escândalo. Quanto já se tentou incriminar o Santo Padre dos mais variados modos! Quanto já se deturpou atitudes e palavras do Papa! Que inferno fizeram os meios de comunicação com o caso da menina do aborto de Alagoinha, em Pernambuco... Até quando seremos ingênuos, achando que os meios de comunicação transmitem a mais pura verdade, sem escusos interesses por trás da notícia?
Uma última observação: nos momentos de glória e beleza da vida da Igreja (como, por exemplo, no sepultamento de João Paulo II) é fácil estufar o peito e declarar-se católico. O católico verdadeiro, o verdadeiro filho da Igreja, é aquele que nos momentos de dor e de escândalo, quando a Igreja é apedrejada, chora com sua Mãe católica, crava os olhos em Cristo, reza e permanece fiel. Para este, vale a palavra do Salvador: “Fostes vós que permanecestes comigo em todas as minhas tribulações!” Nunca esqueçamos: o mundo não está preocupado com o bem da Igreja ou das vítimas da pedofilia, mas com o escândalo, o sensacionalismo e a imposição hipócrita do politicamente correto. É só
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