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quinta-feira, 29 de julho de 2010

Nossa SenhoraMaio 30
Onde houver ódio

Onde houver ódio, que eu leve o amor.

O indivíduo odiento, relativamente aos que o rodeiam, é alguém que se acha encharcado pelo mesmo ódio que destila.
É alguém que odeia a si mesmo, e que, por isso adoece.
Assim, se desejamos erradicar o ódio do mundo, o primeiro lugar onde devemos tratá-lo, atendê-lo, é dentro de nós mesmos.
Todas as acções odientas que vemos gritando pelo mundo, fazendo vítimas, causando dor e revolta, têm seu início no íntimo enfermo do ser humano.
É o auto-ódio que precisa ser tratado.
O ódio contra si mesmo é a maior tragédia da mente humana.
O perfeccionismo exagerado, que penaliza seu portador, quando não alcança os resultados almejados, é manifestação de auto-ódio.
Os insucessos devem ser estímulo para acertar numa próxima vez e nunca razão de autoflagelo ou decepção profunda consigo mesmo.
Quem se odeia avança para o fim sem cerimônia, seja o fim da saúde, da alegria, do sossego ou o fim da família, dos amigos, da vida, ao cabo de tudo.
Adere aos vícios de difícil erradicação, justificando não poder abandoná-los, escusando-se de fazer mínimos esforços para isso.
O ser que se detesta, imprime em tudo o que faz o selo da negatividade, complicando o que poderia ser simples.
Assim, é preciso parar tudo e cultivar o seu oposto: o auto-amor.

Sabia muito bem, quando se colocou como instrumento da paz que os maiores inimigos do homem estão em sua intimidade.
Desta forma, amar a si mesmo é salvar o mundo.
O amor a si mesmo faz com que desejemos aprender para sermos úteis; faz com que trabalhemos para progredir.
O amor a si mesmo está no perdão concedido, que evita que carreguemos os dejectos prejudiciais da mágoa, do rancor, no coração.
O amor a si mesmo está em preservarmo-nos dos vícios, dos excessos.
Está em cuidar do corpo, sem exageros, e cuidar também da alma, dos pensamentos; do que lemos, assistimos, conversamos.
O amor a si mesmo está longe de ser esta paixão doentia, representada muito bem pela figura mítica de Narciso, que o impediu de pensar em qualquer outra coisa além de sua própria imagem.
É um amor maduro, que faz com que saibamos quem somos, que conheçamos nosso potencial, nosso valor; que saibamos de nossas imperfeições, mas que não nos deixemos assustar ou paralisar por elas; que nos demos novas chances, com alegria, tendo sempre em mente que nosso destino, como Espíritos imortais, será sempre a felicidade

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