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sábado, 7 de novembro de 2009

O TEMPO (06/03/1982)

Do tempo repasso e penso

Não no momento presente

Mas no passado,

Do tempo passado, que não retorna,

Que se vai

E que se recorda na lembrança

Na saudade!...

Da infinita esperança

De algo concreto ficar,ou passar

Com o tempo se for algo triste demais para suportar...

Que o tempo não deixe de passar,

Mas que algo fique

Se for alegre,

Se for algo bom

Para na lembrança

Sempre se recordar...

Que o tempo passe, não pare,

Que a velhice chegue de mansinho,

Tomando conta do corpo,

Mas não envelhecendo o coração,

Para se ter sempre a impressão de que se é eternamente jovem,

Para que na vida perdure

A doce lembrança de uma ilusão a se concretizar...

No tempo penso, mas não no futuro

Negando o presente

Permanecendo no passado para que o dia permaneça luminoso

Mesmo na noite, por isso alegrará o meu viver

Que nada mais é

Do que recordações do que se foi

E que nunca poderá retornar

Mas que pode ficar vivo, na lembrança

Se o tempo não fizer com que eu esqueça,

Para que tenha se possível,na mente a ilusão

De mais um sonho, um dia se concretizar...

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