Mundo
06/03/2014 | domtotal.com
Síria: armas químicas teriam vindo do Exército
Autores tiveram equipamentos para manipular grandes quantidades de produtos químicos.
Por Stephanie Nebehay
Genebra - As armas químicas utilizadas em dois incidentes na Síria, no ano passado, parecem ter vindo de arsenais do Exército sírio, disseram os investigadores da Organização das Nações Unidas sobre direitos humanos, na quarta-feira, em um relatório que trouxe novas descobertas.
A equipe de peritos independentes, liderada pelo brasileiro Paulo Pinheiro, afirmou que até agora eles confirmaram que gás sarin foi utilizado em três incidentes: no subúrbio de Damasco de al-Ghouta em 21 de agosto, em Khan al- Assal perto de Aleppo em março de 2013 e em Saraqeb, perto da cidade de Idlib em abril passado.
Os dois primeiros ataques tiveram "as mesmas características singulares" , de acordo com a equipe de mais de duas dezenas de investigadores, que incluem um consultor militar.
"As evidências disponíveis sobre a natureza, a qualidade e a quantidade de agentes utilizados em 21 de agosto indicam que os autores provavelmente tiveram acesso ao arsenal de armas químicas do Exército sírio, bem como a experiência e os equipamentos necessários para manipular com segurança grandes quantidades de produtos químicos", informou o relatório dos investigadores da ONU.
"Com relação ao incidente em Khan al-Assal em 19 de março, os agentes químicos utilizados no ataque têm as mesmas características singulares dos usados em al-Ghouta", afirmou.
Pinheiro disse que sua equipe investiga até 20 incidentes em que foram usadas armas químicas.
O investigador-chefe das ONU Ake Sellstrom, que liderou uma equipe de inspetores na Síria, informou em dezembro que armas químicas foram provavelmente usadas em cinco dos sete ataques investigados, mas não apontou responsabilidades.
Sellstrom, sem apontar categoricamente responsáveis, disse em janeiro que era "difícil de ver" como a oposição poderia ter manipulado os produtos químicos.
O governo sírio e a oposição acusam um ao outro do uso de armas químicas, proibidas pelo direito internacional.
O presidente Bashar al-Assad concordou em destruir suas armas químicas, após a revolta internacional com o ataque com gás sarin em Ghouta em agosto, o mais grave em todo o mundo em 25 anos. O ataque desencadeou uma ameaça de ataque militar pelos Estados Unidos, que foi evitada após Assad se comprometer a abandonar armas químicas.
Pinheiro disse na quinta-feira que a sua investigação se baseou nas conclusões da missão Sellstrom para avançar.
"Mas nós tínhamos feito outras investigações em termos de entrevistas com especialistas, entrevistas com funcionários envolvidos", disse Pinheiro.
Sua equipe entrevistou um grande número de pessoas, incluindo médicos, vítimas, jornalistas e desertores.
Ele não foi capaz de estabelecer um número de vítimas verificável dos ataques, acrescentando: "O que podemos dizer é que, pelo menos, várias centenas de pessoas foram afetadas".
A Síria tem enviado para o exterior cerca de um terço do seu estoque de armas químicas, incluindo o gás mostarda, para a destruição, informou uma agência de vigilância global na terça-feira.
Genebra - As armas químicas utilizadas em dois incidentes na Síria, no ano passado, parecem ter vindo de arsenais do Exército sírio, disseram os investigadores da Organização das Nações Unidas sobre direitos humanos, na quarta-feira, em um relatório que trouxe novas descobertas.
A equipe de peritos independentes, liderada pelo brasileiro Paulo Pinheiro, afirmou que até agora eles confirmaram que gás sarin foi utilizado em três incidentes: no subúrbio de Damasco de al-Ghouta em 21 de agosto, em Khan al- Assal perto de Aleppo em março de 2013 e em Saraqeb, perto da cidade de Idlib em abril passado.
Os dois primeiros ataques tiveram "as mesmas características singulares" , de acordo com a equipe de mais de duas dezenas de investigadores, que incluem um consultor militar.
"As evidências disponíveis sobre a natureza, a qualidade e a quantidade de agentes utilizados em 21 de agosto indicam que os autores provavelmente tiveram acesso ao arsenal de armas químicas do Exército sírio, bem como a experiência e os equipamentos necessários para manipular com segurança grandes quantidades de produtos químicos", informou o relatório dos investigadores da ONU.
"Com relação ao incidente em Khan al-Assal em 19 de março, os agentes químicos utilizados no ataque têm as mesmas características singulares dos usados em al-Ghouta", afirmou.
Pinheiro disse que sua equipe investiga até 20 incidentes em que foram usadas armas químicas.
O investigador-chefe das ONU Ake Sellstrom, que liderou uma equipe de inspetores na Síria, informou em dezembro que armas químicas foram provavelmente usadas em cinco dos sete ataques investigados, mas não apontou responsabilidades.
Sellstrom, sem apontar categoricamente responsáveis, disse em janeiro que era "difícil de ver" como a oposição poderia ter manipulado os produtos químicos.
O governo sírio e a oposição acusam um ao outro do uso de armas químicas, proibidas pelo direito internacional.
O presidente Bashar al-Assad concordou em destruir suas armas químicas, após a revolta internacional com o ataque com gás sarin em Ghouta em agosto, o mais grave em todo o mundo em 25 anos. O ataque desencadeou uma ameaça de ataque militar pelos Estados Unidos, que foi evitada após Assad se comprometer a abandonar armas químicas.
Pinheiro disse na quinta-feira que a sua investigação se baseou nas conclusões da missão Sellstrom para avançar.
"Mas nós tínhamos feito outras investigações em termos de entrevistas com especialistas, entrevistas com funcionários envolvidos", disse Pinheiro.
Sua equipe entrevistou um grande número de pessoas, incluindo médicos, vítimas, jornalistas e desertores.
Ele não foi capaz de estabelecer um número de vítimas verificável dos ataques, acrescentando: "O que podemos dizer é que, pelo menos, várias centenas de pessoas foram afetadas".
A Síria tem enviado para o exterior cerca de um terço do seu estoque de armas químicas, incluindo o gás mostarda, para a destruição, informou uma agência de vigilância global na terça-feira.
Reuters
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