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domingo, 27 de abril de 2014

João XXIII e João Paulo II já são santos

Francisco presidiu à cerimónia de canonização que reuniu mais de um milhão de pessoas na Praça de São Pedro.
O Papa Francisco fez santos, na manhã deste domingo, na Praça de São Pedro, os Papas João XXIII e João Paulo II, diante de cerca de 800 mil fiéis de todo o mundo.
Depois de o chefe da Igreja Católica ter recitado a fórmula em latim para a santificação dos dois papas do século XX, a multidão aplaudiu entusiasticamente, ao mesmo tempo que os sinos tocavam em todas as igrejas de Roma.
A cerimónia começou com a oração das laudes, com a presença de Francisco e de Bento XVI, o Papa Emérito. Foi um momento inédito nos 2000 mil anos de História da Igreja, esta dupla canonização na presença de dois papas. O Papa Emérito, de branco e com a mitra na cabeça, tomou o seu lugar à esquerda do altar para não criar confusão com o Papa reinante. Este antigo colaborador de João Paulo II foi longamente aplaudido pela multidão na Praça de São Pedro, onde estavam muitos fiéis polacos.
Depois da oração das laudes, o cardeal Angelo Amato, perfeito para a Causa dos Santos – a instituição da Santa Sé responsável pelos processos de beatificação e canonização –, fez três perguntas a Francisco, tal como está previsto na liturgia para estes dias. "Santo Padre, a Santa Igreja confiante nas promessas do Senhor de enviar o Seu espírito de verdade, que em todas as épocas a preservou do errou do magistério supremo, com força implora a Vossa Santidade que gentilmente inclua estes filhos eleitos no catálogo dos santos", disse o consagrado.
Ao que o Sumo Pontífice respondeu com a fórmula longa, em latim, para a canonização do Papa polaco, Karol Wotjila – que esteve à frente dos destinos da Igreja entre 1978 e 2005 –, e do italiano Angelo Giuseppe Roncalli com um pontificado bem mais curto, de 1958 a 1963, mas que foi responsável pelo Concílio Vaticano II.  "Declaramos e determinamos santos os abençoados João XXIII e João Paulo II, e inscrevemo-los no catálogo dos santos e estabelecemos que em toda a Igreja eles sejam devotamente honrados entre os santos", disse Francisco que disse as palavras em latim debaixo dos retratos de Angelo Roncalli e Karol Wojtyla, que estavam na fachada da Basílica de São Pedro.  
Homília curta de elogio
Na missa, durante uma homília curta, Francisco fez referência a “dois homens corajosos”. “Padres, bispos, Papas do século XX, eles conheceram a tragédia, mas não vacilaram. Neles, Deus foi mais forte. Neles, a misericórdia de Deus era maior”, disse, acrescentando que eram dois homens “contemplativos das feridas de Cristo e testemunhas da Sua misericórdia”. Por isso, mantiveram “viva a esperança com uma alegria indizível e gloriosa”.
Sobre o Papa polaco, Francisco defendeu que este era um “Papa da família”. Aliás, foi Wotjila que o disse, um dia, que queria ser recordado como o “Papa da família”, lembrou, acrescentando que a Igreja está, actualmente, a preparar sínodos com os bispos e com as comunidades, cujo tema é a família, para este ano e para o próximo.
O Papa Bergoglio evocou ainda “a primeira comunidade de crentes de Jerusalém”, aquela que “vivia o essencial do Evangelho, ou seja, no amor, na misercórdia, na simplicidade e na fraternidade”. Para ele, os dois Papas agora canonizados ajudaram a “restaurar e actualizar a Igreja segundo as suas origens”, nomeadamente com o Concílio Vaticano II, convocado por João XXIII e que se realizou entre 1962 e 1965.
Quando propôs o Concílio, o Papa italiano mostrou uma “delicada docilidade ao Espírito Santo, deixando-se conduzir por Ele e foi, para a Igreja, um pastor, um guia. Esse foi um grande serviço que prestou à Igreja”, concluiu. 
Segundo a AFP, na cerimónia estiveram 98 delegações oficiais, 24 chefes de Estado e dezenas de ministros, entre eles, Rui Machete, ministro dos Negócios Estrangeiros português, o rei de Espanha e o Presidente do Zimbabwe, Robert Mugabe.
         

sábado, 26 de abril de 2014

Catolicos com Jesus: Jesus médico do SUS - Humor Católico

Catolicos com Jesus: Jesus médico do SUS - Humor Católico: Jesus médico do SUS - Humor Católico Jesus resolveu voltar a Terra e decidiu vir vestido de médico. Procurou um lugar e escolheu o Bra...
26/04/2014  |  domtotal.com

Validada procuração com assinatura eletrônica

Ela foi regularmente assinada, eletronicamente, pelo advogado que tinha poderes para atuar no feito.
A Quarta Turma do Tribunal Superior do Trabalho reconheceu a regularidade de uma procuração assinada eletronicamente apenas pelo advogado da empresa Agre Engenharia Ltda. Com o reconhecimento da regularidade da representação, o processo retornará ao Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região (RJ) para julgamento do recurso ordinário da empresa.
O documento havia sido considerado irregular pelo TRT-RJ, por entender que a procuração teria sido assinada apenas pelo advogado. Segundo o Regional, a assinatura digital, no instrumento do mandato, somente poderia ser a de quem confere os poderes (outorgante), "jamais a daquele que recebe a autorização para a prática do ato" (o advogado).
Segundo a relatora que examinou, ministra Maria de Assis Calsing, a procuração contém a assinatura física de sócio da empresa, devidamente acompanhada do contrato social, e foi regularmente assinada, eletronicamente, pelo advogado, que tinha poderes para atuar no feito. A relatora esclareceu que o envio de petições e recursos e a prática de atos processuais por meio eletrônico são admitidos mediante uso de assinatura eletrônica, conforme dispõe o artigo 2º, caput, da Lei 11.419/2006. "Não há de se reconhecer a irregularidade de representação processual pelo mero fato de a assinatura digital ser do próprio advogado a quem foi outorgada a procuração", concluiu.
A decisão foi por unanimidade.
TST

26/04/2014  |  domtotal.com

Estudo mostra impacto do novo Código Florestal

Legislação reduziu de 50 mi de hectares para 21 mi as áreas que precisam ser restauradas no país.
A revista científica norte-americana Science, na sua edição de 25 de abril, apresenta um artigo que decifra o Novo Código Florestal e os impactos causados pela nova legislação na conservação ambiental e produção agrícola no Brasil.
No artigo, os autores demonstram que a revisão do código florestal brasileiro proporcionou uma grande anistia para quem desmatou até 2008, reduzindo em 58% o passivo ambiental dos imóveis rurais no Brasil.
Com isso, a área desmatada ilegalmente, que pela legislação anterior deveria ser restaurada, foi reduzida de 50 para 21 milhões de hectares (Mha), sendo 22% Áreas de Preservação Permanente nas margens dos rios e 78% áreas de Reserva Legal.
Essas reduções, segundo os autores, afetam os programas nacionais de conservação ambiental, principalmente na Amazônia, Cerrado e Mata Atlântica. Por exemplo, a recuperação da Mata Atlântica, onde resta somente de 12 a 16% de floresta, é vital para provisão de serviços ambientais, dentre os quais se destaca o fornecimento de água para geração de energia hidroelétrica e abastecimento dos grandes centros urbanos.
Dessa forma, a redução da necessidade de recuperação ambiental pode agravar a crise de abastecimento de água que já assola a região metropolitana de São Paulo e outras grandes cidades brasileiras.
O estudo, liderado pelos professores Britaldo Soares Filho e Raoni Rajão, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), em colaboração com a Secretaria de Assuntos Estratégicos do governo brasileiro e pesquisadores do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM) e do centro de pesquisa americano Woods Hole Research Center, mostra ainda que é infundada a afirmação de que a conservação ambiental conflita com o fortalecimento da produção agrícola no País.
Segundo o estudo, somente 1% do total nacional de áreas de lavoura ocupa margens de rios que devem ser restauradas.  Apesar de constatações como essa, a publicação do estudo coincide com notícias de desmatamento crescente na Amazônia, Cerrado e Mata Atlântica, e a pressão contínua dos ruralistas que, organizados, buscam ampliar ainda mais a anistia dada pelo novo código florestal.
“O lobby rural tem que entender que já teve um ganho substancial e se continuar a boicotar ou sabotar o código florestal vai dar um tiro no pé, pois a produtividade agrícola depende da manutenção do meio ambiente e estabilidade do clima”, diz Britaldo Soares Filho.
Mesmo tendo feito grandes concessões ao setor rural, se a nova legislação for levada a cabo, argumenta o estudo, ela poderá trazer, finalmente, valor à floresta em pé. Em particular, proprietários que detêm áreas de florestas além do exigido pela lei poderão negociar no mercado financeiro os títulos conhecidos como Cotas de Reservas Ambientais (CRA), o que ofereceria uma alternativa econômica para a preservação de parte dos 88 Mha de vegetação nativa que ainda poderiam ser desmatados legalmente.
Além disso, a implementação do agora obrigatório Cadastro Ambiental Rural (CAR) em todo território nacional pode inaugurar uma nova era de governança ambiental, tendo em vista o seu potencial para detectar e punir os desmatamentos ilegais através de imagens de satélite e do registro eletrônico das propriedades.
Por fim, para a implementação plena do Código Florestal e mitigação das mudanças climáticas, o estudo defende a criação de formas de pagamento por serviços ambientais e a necessidade de incentivos econômicos aportados por fundos internacionais como o recém criado Fundo de Varsóvia para o REDD+ (Redução das Emissões por Desmatamento e Degradação florestal).
 “A efetivação do Código deverá estar amarrada a benefícios econômicos para aqueles proprietários que conservarem sua vegetação nativa. Isto será crucial para que o Brasil consiga conciliar a conservação ambiental com o desenvolvimento agrícola”, afirma Raoni Rajão.
A revista científica Science é publicada pela Associação Americana para o Avanço da Ciência e é considerada uma das revistas mais prestigiadas de sua categoria.
Para chegar aos números publicados, os autores analisaram uma extensa base de dados cartográficos sobre o Brasil através de software desenvolvido pela própria UFMG, que incorpora as complexas regras do novo Código Florestal.
Instituto Carbono Brasil
25/04/2014  |  domtotal.com

Uso da água: Aliança lança padrão internacional

Em um mundo em que reinam o uso excessivo e o desperdício da água, além dos obstáculos que ameaçam a distribuição desse recurso para a toda a população, como poluição, escassez e mudanças climáticas, é necessário criar estratégias para uma melhor gestão hídrica.
Pensando nisso, a Aliança para o Uso Responsável da Água (AWS) lançou neste mês o primeiro Padrão Internacional para Uso Responsável da Água, com o objetivo de promover critérios de gestão sustentável desse recurso natural.
O padrão foi desenvolvido ao longo de quatro anos de discussões e encontros multidisciplinares que incluíram a participação de representantes de empresas, setor público e da sociedade civil de vários lugares do mundo.
Projetos piloto foram criados em alguns países para ajudar a definir metas de governança e equilíbrio hídricos, de qualidade da água e de outras áreas importantes relacionadas ao recurso. O padrão foi estabelecido também para se alinhar a outras iniciativas de sustentabilidade e apoiar certificações ambientais independentes.
“Proteger a água doce exige a colaboração de diversos setores. Governos e sociedade civil ajudam a garantir a gestão hídrica apropriada para as pessoas e a natureza. Companhias podem administrar melhor a água doce para proteger seus negócios e contribuir para proteger a captação que eles compartilham com as comunidades locais”, observou Michael Spencer, presidente do conselho da AWS e representante da AWS-Austrália.
Alexis Morgan, diretor de água do WWF, focou no potencial que o padrão terá para empresas privadas. “O padrão permite que as companhias demonstrem gestão responsável da água e mitigação de riscos hídricos com suas comunidades locais, investidores e fornecedores. Fazendo isso, o WWF acredita que as companhias não apenas protegerão seus negócios, mas também demonstrarão liderança na conservação da água doce”, comentou Morgan.
De fato, em pouco tempo diversas firmas de grande porte, como as gigantes de alimentos Nestlé e General Mills, e outras organizações, como a Fundação FEMSA, Water Footprint Network, WaterAid e The Nature Conservancy, anunciaram seu compromisso com a AWS na promoção de uma estratégia global. “Estamos animados de ver esses líderes globais se unirem a nós em direção ao uso sustentável e equitativo da água”, declarou Spencer.
“A Nestlé apoia os esforços da AWS para promover a gestão sustentável da água internacionalmente e ajudar as companhias a administrarem riscos relacionados à água em nível local. O padrão AWS permitirá que as companhias avaliem melhor seu desempenho face a um conjunto definido de princípios, identifiquem oportunidades para melhoria e deem passos colaborativos para melhorar seu uso hídrico”, afirmou Carlo Galli, assessor de Recursos Hídricos, Técnicos e Estratégicos da Nestlé.
“Como uma companhia global de alimentos, a água é essencial para os negócios da General Mills. Temos interesse e responsabilidade de proteger a qualidade e oferta de água da qual nossos negócios dependem, e buscar formas de colaborar com os outros para beneficiar nossos produtores, a comunidade e o meio ambiente. Sinceramente, abraçamos esse desafio com  a AWS à medida que ela busca definir um padrão global para responsabilidade na gestão hídrica”, disse Jerry Lynch, vice-presidente e diretor de Sustentabilidade da General Mills.
O padrão foi lançado em Lima, no Peru, país que, segundo a AWS, enfrenta muitos obstáculos relacionados à água. “Estamos satisfeitos de lançarmos o padrão aqui no Peru, um país que em muitos aspectos sintetiza os desafios de gerir a água sabiamente em um mundo em que as pressões sociais, econômicas e ambientais colidem”, colocou Adrian Sym, diretor executivo da AWS.
“O trabalho que temos feito no setor de aspargos aqui ressalta como a demanda internacional por mais e diferentes alimentos pode ameaçar os recursos hídricos de que as comunidades e companhias dependem, e a necessidade de trabalhar coletivamente para proteger esses recursos e os meios de vida que eles suportam”, continuou Sym.
Para encorajar a compreensão e engajamento sobre assuntos relacionados à água, a AWS também lançou um programa de capacitação, para que as organizações possam aprender o que elas podem fazer para ajudar a proteger recursos compartilhados e para moldarem seu futuro para uma gestão sustentável da água.
Instituto Carbono Brasil



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26/04/2014  |  domtotal.com

Campanha alerta para controle da pressão arterial

A hipertensão arterial é um dos principais fatores de risco cardiovascular.
No Dia Nacional de Prevenção e Combante à Hipertensão, que se comemora hoje (26), a Sociedade Brasileira de Cardiologia contou com a participação de quatro jogadores do Atlético para lançar a campanha Eu Sou 12 por 8, com o objetivo de chamar a atenção da população sobre a importância do controle da pressão arterial, para evitar as doenças do coração que, no Brasil, matam cerca de 344 mil pessoas por ano. A campanha é uma parceria com as sociedades brasileiras de Hipertensão (SBH) e de Nefrologia (SBF).

Falando à Agência Brasil, o diretor de Promoção da Saúde Cardiovascular da SBC, Carlos Costa Magalhães,  informou que mais de 20 milhões de brasileiros têm hipertensão arterial, mas menos de 20% mantêm a pressão controlada.  "A hipertensão arterial é um dos principais fatores de risco cardiovascular.  Então, se a gente chamar a atenção para um mal que muitas pessoas têm e não sabem que têm,  e os que têm não estão tratando de maneira adequada, isso mitiga os fatores de risco que são uma evolução para um futuro derrame cerebral, um infarto do miocárdio, ou uma miocardiopatia, que resulta de anos de uma hipertensão mal controlada".

A ausência de sintomas como tontura, dor de cabeça e cansaço leva as pessoas, de modo geral, a não cuidar de sua pressão arterial, indicou o cardiologista. "A grande maioria não sente nada, acha que está tudo bem porque não tem  nenhuma queixa, não mede pressão".

Magalhães destacou que o acesso à informação sobre hipertensão é muito facilitado hoje e o custo do tratamento é bastante reduzido graças ao Programa Farmácia Popular, que distribui remédios gratuitos para o combate à doença. Esses dois fatores fazem com que as pessoas possam se beneficiar de um tratamento "relativamente eficaz e de custo zero".

Neste ano da Copa do Mundo de Futebol, cuja abertura ocorrerá no dia 12 de junho, a campanha contou com a adesão de quatro jogadores do Atlético - Ronaldo Gaúcho, Jô, Victor e Diego Tardelli que, voluntariamente, vestiram a camisa de luta contra a hipertensão, convidando a população brasileira a integrar a seleção verde e amarela Eu Sou 12 por 8".

Carlos Magalhães salientou que a adesão dos jogadores tem um impacto grande na população em geral, ainda mais em ano de Copa. "Esses jogadores fizeram a sua participação espontânea, voluntária. Aderiram à campanha". Ele explicou que já é uma prática da SBC procurar chamar a atenção para os fatores de risco da doença utilizando figuras públicas, conhecidas, que estão no dia a dia do povo. "Isso tem um benefício grande, porque chama a atenção de pessoas jovens que já podem  ter sinais de uma hipertensão arterial. Um jogador de futebol que adere a uma campanha como essa merece todo o nosso elogio. Foi uma grande contribuição ter os quatro jogadores que se prontificaram a fazer parte da campanha".

Magalhães falou também sobre a importância de manter um estilo de vida saudável para reduzir os riscos futuros da hipertensão. São as medidas não medicamentosas, que integram a primeira fase do tratamento da hipertensão. Essas medidas incluem a redução do sal na alimentação, a diminuição do peso e a realização de atividades físicas.  "Só com essas três medidas muitas pessoas conseguem normalizar a pressão arterial. E muitas delas, às vezes, sem necessidade de uso de  medicamentos".

Ele advertiu que embora haja um consenso sobre os valores de pressão arterial 12 por 8 serem considerados muito bons, não significa que são o ideal para todas as pessoas, já que fatores como a idade e o peso, por exemplo, variam e com eles também pode variar o valor ideal da pressão para cada indivíduo. Magalhães explicou, entretanto, que como se tratam de números conhecidos, a meta é ampliar a informação para a população. "A gente considera que 12 por 8 seria uma pressão muito boa para a grande maioria das pessoas, salvo alguns casos  específicos, que o médico vai orientar qual é o melhor valor".
Agência Brasil

26/04/2014  |  domtotal.com

Violência em prisão é destaque em audiência

O primeiro dia de depoimentos da 2ª audiência pública da Comissão Nacional da Verdade (CNV), em Dourados (MS), foi marcado por relatos de violência contra indígenas. Um dos mais fortes foi o de Bonifácio Reginaldo Duarte, índio guarani de 74 anos, preso na década de 60, no Reformatório Krenak, um centro de detenção de indígenas, que funcionava em Resplendor (MG), no território dos índios krenaks.

"Ele narrou coisas que existiam lá dentro, contou o processo de trabalho forçado, espancamento no tronco. Se não fizesse o trabalho todo, o índio ia para o tronco, onde algumas pessoas acabaram morrendo", disse Marcelo Zelic, colaborador eventual do CNV e membro do grupo Tortura Nunca Mais.

Bonifácio contou ainda que pessoas que tentavam fugir do Reformatório Krenak eram levadas para uma ilha chamada Ilha das Cobras. Nesse local, com animais selvagens e carnívoros, os índios eram abandonados à própria sorte, e nunca mais eram vistos. Ele disse que o levaram para Minas Gerais com o argumento de que lhe ensinariam um ofício e, chegando lá, foi preso no Reformatório Krenak.

Integrante da CNV, a psicanalista Maria Rita Kehl, ressaltou a riqueza de detalhes dos depoimentos, sobretudo do índio guarani. "O depoimento do Bonifácio foi muito difícil. As posições que tinham que dormir, amarrados; pessoas que morreram, que não resistiram. Toda hora a gente fica com nó na garganta, embora os depoentes não sejam coitadinhos, são muito fortes".

Maria Rita disse ainda que os relatos obtidos na audiência pública ajudam na qualidade e celeridade do trabalho da comissão. "É de grande proveito para mim, porque se tivesse que ir em cada aldeia para ouvir todos os casos não daria tempo".

A audiência pública em Dourados continua hoje (26), quando membros da CNV ouvirão mais três relatos de indígenas. Antes, porém, índios da aldeia Te’ýikue apresentarão uma orquestra de violões. O segundo, e último dia da audiência pública, começou às 7h30min, no horário local.
Agência Brasil


Outras notícias

26/04/2014  |  domtotal.com

EUA e UE vão impor sanções à Rússia na segunda

Por Arshad Mohammed
Washington - Os Estados Unidos e a União Europeia devem impor novas sanções contra indivíduos russos na segunda-feira depois de supostos esforços da Rússia para desestabilizar o leste da Ucrânia, disseram fontes familiarizadas com o assunto.
As fontes, que falaram sob condição de anonimato, afirmaram que a UE deverá listar 15 indivíduos não identificados anteriormente para serem alvos de sanções e que focará sobre aqueles que acredita serem os responsáveis pela instabilidade na Ucrânia.
Os Estados Unidos devem sancionar indivíduos e entidades, segundo as fontes, e a lista de pessoas deve incluir "comparsas" do presidente russo, Vladimir Putin.
Como resultado, as listas são semelhantes, mas não idênticas.
As fontes disseram que a única coisa que pode impedir que a UE e os EUA avancem com a imposição de sanções na segunda-feira seria uma reversão súbita do que eles dizem ser movimentos separatistas apoiados pelos russos no leste da Ucrânia.
Reuters

Mundo

26/04/2014  |  domtotal.com

Genocídio no Sudão do Sul não será permitido

Por Richard Lough
Nairobi - O presidente do Quênia disse que não vai deixar que o conflito do país vizinho Sudão do Sul se transforme em um genocídio, embora ele não tenha falado claramente de qualquer ação para dar fim ao crescente massacre étnico.
Quatro meses de combates entre governo e rebeldes no mais jovem país do mundo têm levantado temores de que possa acontecer um conflito mais amplo, que poderá desestabilizar uma região frágil e forçar mais centenas de milhares de refugiados a atravessarem as fronteiras.
Uganda, outro vizinho do produtor de petróleo Sudão do Sul, já enviou tropas para apoiar o governo. O bloco regional IGAD, que está intermediando as problemáticas negociações de paz, disse que vai realizar uma reunião nos próximos dias para "considerar as opções".
"Nos recusamos a testemunhar tais atrocidades e permanecer impotentes e sem esperanças enquanto isso acontece", disse o presidente do Quênia, Uhuru Kenyatta, em um comunicado divulgado na sexta-feira à noite.
"Nós rejeitamos especialmente a possibilidade de que estejamos nos arrastando de novo em direção a um genocídio na nossa região. Não vamos ficar parados, permitindo que isso aconteça."
Os confrontos começaram em dezembro entre as tropas leais ao presidente do Sudão do Sul, Salva Kiir, e ao ex-vice-presidente Riek Machar. Os confrontos se espalharam rapidamente para além da capital, frequentemente colocando os Dinka, partidários de Kirr, contra os Nuer, partidários de Machar.
A ONU disse que os rebeldes mataram centenas de civis quando capturaram a cidade de Bentiu, no início do mês, caçando homens, mulheres e crianças que tinham procurado refúgio em um hospital, em uma mesquita e em uma igreja católica. Os rebeldes negaram as acusações.
Reuters


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