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sábado, 26 de abril de 2014

O texto abaixo provem do facebook

Boa tarde. Hoje acordei um pouquinho mais tarde. Sabe como é, final de semana... Quero agradecer a boa acolhida do meu texto de ontem e aos amigos que compartilharam. O meu muito obrigado. Hoje eu gostaria de bater um papo com os amigos sobre as expressões populares. Sim, estas que estão na boca do povo, e que muitas vezes, a gente as repete como lição de vida, não é verdade? Aliás, os nossos avós já faziam isto muito bem. Quem ainda não ouviu ensinamentos como "Meu filho, dize-me com quem andas e eu te direi quem és", ou "Quem com porcos se misturam, farelos come", ou ainda, "Em casa de ferreiro, o espeto é de pau", Ou se quiser, esta, que é bem conhecida e ainda permanece na boca do povo cotidianamente:´"Água mole em pedra dura, tanto bate até que fura". São conhecidas entre nós como expressões idiomáticas, sabia? Pois é... Os ingleses também fazem bons usos desses ensinamentos populares, mas o que eu gostaria de dizer também, é que todas elas possuem um fundo histórico, uma verdade, que ao passar dos tempos viraram motivos de estudos, aprofundamentos teóricos monográficos, jornalísticos, etc. No final deste bate-papo, vou lhe indicar alguns livros que abordam o assunto com bastante ênfase. Gostaria de reforçar que as expressões idiomáticas vêm de várias partes do mundo. Uma bem interessante, é esta, muito conhecida: Casa da mãe Joana. A expressão Casa da mãe Joana alude a um lugar em que vale tudo, onde todo mundo pode entrar, mandar, uma espécie de grau zero de organização. A mulher que deu nome a tal casa viveu no século XIV. Joana era condessa de Provença e rainha de Nápoles (Itália). Teve a vida cheia de confusões. Em 1347, aos 21 anos regulamentou os bordéis da cidade de Avignon, onde vivia refugiada. Uma das normas dizia: "o lugar terá uma porta por onde todos possam entrar". "Casa da mãe Joana" virou sinônimo de prostíbulo, de lugar onde impera a bagunça". Gostou? Que tal mais uma, por sinal tem tudo a ver com a nossa realidade maranhense, coisa que eu sempre gosto de fazer; contextualizar. Você já ouviu a expressão sem eira nem beira? Pois é, com certeza, inúmeras vezes. E mais: sempre associada aos nossos casarões. Pois vamos ao significado: significa pessoas sem bens, sem posses. Eira é um terreno de terra batida ou cimento onde grãos ficam ao ar livre para secar. Beira é a beirada da eira. Quando uma eira não tem beira, o vento leva os grãos e o proprietário fica sem nada. Na região Nordeste este ditado tem o mesmo significado, mas com outra explicação. Dizem que antigamente as casas das pessoas ricas tinham um telhado triplo a eira, a beira e a tribeira como era chamada a parte mais alta do telhado. As pessoas mais pobres não tinham condições de fazer este telhado. Então construíam somente a tribeira, ficando assim "sem eira nem beira". Gostaram? Agora as indicações. O livro mais aprofundado no sentido histórico da etimologia é o de Dionísio da Silva, cujo título é De onde vêm as palavras. Outro que gostaria de indicar também é a tríade O pulo do gato, de Márcio Cotrim, e também um livro infanto juvenil bem interessante, A casa falada, de Octávio Moreira Lima. Abraços cordiais e até a próxima. Natinho Costa Fênix, sempre ao seu dispor.

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