19/04/2014 | domtotal.com
O doloroso adeus a Gabriel García Márquez
Segundo José Gabriel Ortiz, o corpo do Nobel de Literatura já foi cremado.
O mundo da literatura e vários fãs lamentavam nesta sexta-feira a morte do escritor colombiano Gabriel García Márquez, que faleceu na quinta-feira no México, enquanto sua família decidia o destino de suas cinzas.
O corpo do Nobel de Literatura, falecido aos 87 anos, já foi cremado, confirmou o embaixador colombiano no México, José Gabriel Ortiz.
"Eles estão com as cinzas (...), estão tomando a decisão sobre se vão levá-las para a Colômbia", disse Ortiz após visitar a viúva e os filhos de García Márquez, acrescentando que ainda não resolveram se as cinzas serão divididas entre México e Colômbia ou se descansarão em apenas um local.
Ortiz revelou que o presidente Juan Manuel Santos chegará na segunda-feira, às duas da tarde", na capital mexicana, para a última homenagem a García Márquez.
Assim que chegar ao México, Santos visitará a casa do escritor para cumprimentar sua viúva, Mercedes Barcha, antes de seguir para o Palácio de Bellas Artes, onde Garcia Márquez será homenageado.
Durante a cerimônia, Santos formará a guarda de honra junto ao presidente mexicano, Enrique Peña Nieto, assinalou Ortiz.
Santos, que ofereceu à família de García Márquez todo o apoio necessário caso desejem uma homenagem no país, decretou três dias de luto nacional pela morte "do maior colombiano de todos os tempos".
Segundo uma pessoa ligada à família, "Gabriel García Márquez faleceu às 12H08 (15H08 Brasília) da Quinta-Feira Santa. Apresentou uma insuficiência renal e respiratória que o fez apagar".
Em total privacidade, a família recebeu na noite de quinta-feira alguns escritores mexicanos como Héctor Aguilar Camín, Ángeles Mastretta e Xavier Velasco, assim como amigos e parentes.
Mercedes Barcha e os filhos Rodrigo e Gonzalo decidiram que não acontecerá uma cerimônia fúnebre de García Márquez na funerária para a qual o corpo foi levado na quinta-feira.
A família não revelou a causa do falecimento.
"Os médicos anunciarão posteriormente, suponho", se limitou a declarar Jaime Abello, diretor da Fundação Novo Jornalismo Ibero-americano (FNPI) - fundada e presidida por García Márquez -, que acompanhou María Cristina García, diretora do Instituto Nacional de Belas Artes, na leitura do comunicado da família.
O também célebre jornalista recebia atendimento médico em casa desde que, em 8 de abril, saiu do hospital no qual permaneceu internado oito dias por pneumonia. O jornal mexicano El Universal informou que o autor sofreu uma recaída e expansão do câncer linfático diagnosticado há 15 anos.
O desamparo das letras
A morte de um dos autores mais universais da história da língua espanhola provocou muitas homenagens e mensagens de pêsames de colegas, políticos e admiradores.
"Desde Cervantes não havia existido um autor que conectasse de maneira tão ampla com o castelhano", afirmou o escritor mexicano Juan Villoro.
Villoro, um dos professores de jovens jornalistas na FNPI, também ressaltou o valor da obra jornalística do Prêmio Nobel.
"Só um jornalista como García Márquez poderia ter feito a cobertura de uma notícia como sua morte", disse.
Na Europa, as homenagens também foram intensas.
Mariano Rajoy, primeiro-ministro da Espanha, enviou um telegrama no qual expressava em nome do país o "mais sincero afeto e admiração pelo escritor imprescindível e mais universal da literatura em espanhol da segunda metade do século XX".
O presidente francês, François Hollande, recordou a figura de García Márquez tanto pelo "impacto universal" de sua obra literária como por seu combate "contra o imperialismo" no trabalho jornalístico.
"Com García Márquez desaparece um gigante da escrita, que deu projeção mundial às representações imaginárias de todo um continente", afirma Hollande em um comunicado.
Para o presidente da Comissão Europeia, o português José Manuel Barroso, Gabriel García Márquez foi uma "voz da América Latina que virou uma voz de nosso mundo".
"Sua imaginação nos tornou mais ricos e sua morte nos deixa mais pobres", disse Barroso.
O corpo do Nobel de Literatura, falecido aos 87 anos, já foi cremado, confirmou o embaixador colombiano no México, José Gabriel Ortiz.
"Eles estão com as cinzas (...), estão tomando a decisão sobre se vão levá-las para a Colômbia", disse Ortiz após visitar a viúva e os filhos de García Márquez, acrescentando que ainda não resolveram se as cinzas serão divididas entre México e Colômbia ou se descansarão em apenas um local.
Ortiz revelou que o presidente Juan Manuel Santos chegará na segunda-feira, às duas da tarde", na capital mexicana, para a última homenagem a García Márquez.
Assim que chegar ao México, Santos visitará a casa do escritor para cumprimentar sua viúva, Mercedes Barcha, antes de seguir para o Palácio de Bellas Artes, onde Garcia Márquez será homenageado.
Durante a cerimônia, Santos formará a guarda de honra junto ao presidente mexicano, Enrique Peña Nieto, assinalou Ortiz.
Santos, que ofereceu à família de García Márquez todo o apoio necessário caso desejem uma homenagem no país, decretou três dias de luto nacional pela morte "do maior colombiano de todos os tempos".
Segundo uma pessoa ligada à família, "Gabriel García Márquez faleceu às 12H08 (15H08 Brasília) da Quinta-Feira Santa. Apresentou uma insuficiência renal e respiratória que o fez apagar".
Em total privacidade, a família recebeu na noite de quinta-feira alguns escritores mexicanos como Héctor Aguilar Camín, Ángeles Mastretta e Xavier Velasco, assim como amigos e parentes.
Mercedes Barcha e os filhos Rodrigo e Gonzalo decidiram que não acontecerá uma cerimônia fúnebre de García Márquez na funerária para a qual o corpo foi levado na quinta-feira.
A família não revelou a causa do falecimento.
"Os médicos anunciarão posteriormente, suponho", se limitou a declarar Jaime Abello, diretor da Fundação Novo Jornalismo Ibero-americano (FNPI) - fundada e presidida por García Márquez -, que acompanhou María Cristina García, diretora do Instituto Nacional de Belas Artes, na leitura do comunicado da família.
O também célebre jornalista recebia atendimento médico em casa desde que, em 8 de abril, saiu do hospital no qual permaneceu internado oito dias por pneumonia. O jornal mexicano El Universal informou que o autor sofreu uma recaída e expansão do câncer linfático diagnosticado há 15 anos.
O desamparo das letras
A morte de um dos autores mais universais da história da língua espanhola provocou muitas homenagens e mensagens de pêsames de colegas, políticos e admiradores.
"Desde Cervantes não havia existido um autor que conectasse de maneira tão ampla com o castelhano", afirmou o escritor mexicano Juan Villoro.
Villoro, um dos professores de jovens jornalistas na FNPI, também ressaltou o valor da obra jornalística do Prêmio Nobel.
"Só um jornalista como García Márquez poderia ter feito a cobertura de uma notícia como sua morte", disse.
Na Europa, as homenagens também foram intensas.
Mariano Rajoy, primeiro-ministro da Espanha, enviou um telegrama no qual expressava em nome do país o "mais sincero afeto e admiração pelo escritor imprescindível e mais universal da literatura em espanhol da segunda metade do século XX".
O presidente francês, François Hollande, recordou a figura de García Márquez tanto pelo "impacto universal" de sua obra literária como por seu combate "contra o imperialismo" no trabalho jornalístico.
"Com García Márquez desaparece um gigante da escrita, que deu projeção mundial às representações imaginárias de todo um continente", afirma Hollande em um comunicado.
Para o presidente da Comissão Europeia, o português José Manuel Barroso, Gabriel García Márquez foi uma "voz da América Latina que virou uma voz de nosso mundo".
"Sua imaginação nos tornou mais ricos e sua morte nos deixa mais pobres", disse Barroso.
AFP
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