sexta-feira, 27 de junho de 2014
O RIACHO.
Loucura no Riacho.
No riacho das cabaças secas de águas barrentas,
Traíras e piranhas mortas havia mais de noventa.
Águas escuras enlameadas fedorentas muito nojentas,
Provocavam ardores e vermelhidão nos meus olhos!
Sob a mata fechada escura cheia de papagaios e araras
As águas serpenteavam corcoveavam como cipó de escada,
E como a flecha do arco do de pau ferro dos índios aruás,
Meus irmãos, eu e outras crianças tomávamos banho.
As águas tremulavam aos raios do sol e brilham ao luar
As águas do riacho das cabaças enchem cabaças
E por onde elas passam
Deixam barrocas, grutas, desfiladeiros e locas.
Locas de sapos, de ratos rabudos morcego e aranhas,
Só não tem mais traíras e piranhas mortas.
E para onde vão as águas do riacho das cabaças do sertão do nordeste?
Vão para o mar levando tudo de roldão,
E agora são águas cristalinas passadas na peneira do tempo,
Agora águas limpas cheias de vida,
Vão levando comida,
Para tubarão.
Ai! Cansei! Vou parar,
Meu coração de ancião
Não pode suportar.
É um coração de idoso
Idoso e teimoso,
Que não quer saber se rimou ou não.
Cruz 27-06-14.
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