quinta-feira, Janeiro 23, 2014
Porque é que os pais perdem a motivação e como podem encontrar a alegria
Lembram-se daquela cena do It’s a Wonderful Life onde o George Bailey se passa em casa [N.T.: ver aqui]?
George: Chamas a isto uma família feliz? Porque é que tivemos estes miúdos todos? Janie, podes parar de tocar esse piano barulhento?! Agora, corta com isso! Pára!
Janie: Oh Papá! (começa a chorar)
Mary: George, por amor de Deus, o que é que se passa contigo?
Isto acontece-me às vezes. Chamo-lhe o "Sindroma George Bailey" ou "SGB" como abreviatura. Todos os stresses da vida acumulam e vocês simplesmente passam-se. Passam-se à séria.
Esta manhã pus-me a olhar para fotografias de família antigas. Vocês sabem, é giro. Ao olhar para as fotografias conseguia reconhecer os anos: "Sim, aquele foi um bom ano. 2009. Olha para nós. Estávamos tão felizes." Ou, pelo contrário, "Oh meu, aquele foi um mau ano. 2011. Olha para mim. Olha para a Joy. Bolas. Foi difícil."
Consegue-se mesmo perceber tudo quando olham para a minha cara e da Joy. Estamos a sorrir, mas há qualquer coisa de cansaço nos nossos olhos.
Depois de as crianças estarem na escola hoje, a Joy e eu falámos sobre os anos. Porque é que uns foram bons tempos e outros tão difíceis? Acabámos de ter o nosso sétimo bébé, por isso estamos a começar a perceber isto melhor e a reconhecer os padrões. Eis o que eu descobri. Estas são as minhas reflexões pessoais. Não pretendo que sejam conceitos universais.
Porque é que os pais perdem a motivação:
- Falta de Sono. Os 5-9 meses depois do nascimento de um bébé custam ao corpo e à mente. A falta de sono é de facto um obstáculo à felicidade. A paciência é curta. Para mim, 2007 (depois do nosso quarto bébé) e 2011 (depois do nosso sexto bébé) foram mesmo difíceis para mim.
- Incerteza. Quando eu deixei o 'sacerdócio' episcopaliano e me tornei Católico, tudo isto veio com incerteza. Caí na falta de motivação. Os meus anos mais escuros foram 2007 (novo bébé e novo trabalho, nova cidade, tornei-me Católico) e, mais uma vez, 2011 (novo bébé, tentar acabar o Doutoramento, incerteza sobre o emprego).
- Medos financeiros. Nada vos torna tão deprimidos e desencorajados como ver uma conta bancária chegar aos $0.00. Pior ainda, a acumulação da dívida é escravidão ao máximo. Quando falo com homens por todo o país, o seu medo número 1 em ter uma família grande é financeiro. (Para a mãe é a fadiga emocional - provavelmente relacionada com a falta de sono e exaustão total.)
- Conselhos (e troça) da família e amigos. Oiço histórias tristes sobre isto a toda a hora. Estranhos, amigos (e pior ainda toda a família) vão questionar a prudência e a responsabilidade dos pais. Não só o tamanho da família, mas cada detalhe: a dieta dos filhos, o entretenimento dos filhos, a educação dos filhos, a religião dos filhos, o horário dos filhos, etc. Sem parar. Todos têm uma opinião e acumulam-na aos ombros dos pais.
- Críticas. Vivemos num bairro sem muitos miúdos. A polícia esteve em nossa casa ontem porque os nossos vizinhos ligaram para o 911 (outra vez). Porquê? Qual foi o crime? Os nossos filhos estavam a brincar no fim da rua. O polícia: "Tecnicamente é ilegal brincar na rua. Mas sim, eu sei. Eu cresci a brincar na rua." Só vos apetece atirar as mãos ao ar. "Oh, ok, senhor guarda. Vou fechar os miúdos em casa a partir de agora e vou metê-los a jogar videojogos o dia todo - o senhor sabe, esses videojogos onde eles andam por aí a disparar para pessoas. É melhor?" Acontece de outras maneiras. O sacerdote e os paroquianos a criticar-vos pelo comportamento dos vossos filhos na Missa. Ou apenas o "olhar" que alguns fazem que é pior do que alguma coisa que pudessem ter dito.
Eu não passo por estas coisas a toda a hora, mas às vezes. Estes factores acumulam-se com o nascimento de um bébé. Como disse, com o nascimento de um bébé têm:
- falta de sono
- incerteza
- instabilidade financeira
- montes de conselhos não pedidos
- críticas (dos outros e algumas vezes da vossa mulher)
Esta manhã pus-me a olhar para fotografias de família antigas. Vocês sabem, é giro. Ao olhar para as fotografias conseguia reconhecer os anos: "Sim, aquele foi um bom ano. 2009. Olha para nós. Estávamos tão felizes." Ou, pelo contrário, "Oh meu, aquele foi um mau ano. 2011. Olha para mim. Olha para a Joy. Bolas. Foi difícil."
Consegue-se mesmo perceber tudo quando olham para a minha cara e da Joy. Estamos a sorrir, mas há qualquer coisa de cansaço nos nossos olhos.
Depois de as crianças estarem na escola hoje, a Joy e eu falámos sobre os anos. Porque é que uns foram bons tempos e outros tão difíceis? Acabámos de ter o nosso sétimo bébé, por isso estamos a começar a perceber isto melhor e a reconhecer os padrões. Eis o que eu descobri. Estas são as minhas reflexões pessoais. Não pretendo que sejam conceitos universais.
Porque é que os pais perdem a motivação:
- Falta de Sono. Os 5-9 meses depois do nascimento de um bébé custam ao corpo e à mente. A falta de sono é de facto um obstáculo à felicidade. A paciência é curta. Para mim, 2007 (depois do nosso quarto bébé) e 2011 (depois do nosso sexto bébé) foram mesmo difíceis para mim.
- Incerteza. Quando eu deixei o 'sacerdócio' episcopaliano e me tornei Católico, tudo isto veio com incerteza. Caí na falta de motivação. Os meus anos mais escuros foram 2007 (novo bébé e novo trabalho, nova cidade, tornei-me Católico) e, mais uma vez, 2011 (novo bébé, tentar acabar o Doutoramento, incerteza sobre o emprego).
- Medos financeiros. Nada vos torna tão deprimidos e desencorajados como ver uma conta bancária chegar aos $0.00. Pior ainda, a acumulação da dívida é escravidão ao máximo. Quando falo com homens por todo o país, o seu medo número 1 em ter uma família grande é financeiro. (Para a mãe é a fadiga emocional - provavelmente relacionada com a falta de sono e exaustão total.)
- Conselhos (e troça) da família e amigos. Oiço histórias tristes sobre isto a toda a hora. Estranhos, amigos (e pior ainda toda a família) vão questionar a prudência e a responsabilidade dos pais. Não só o tamanho da família, mas cada detalhe: a dieta dos filhos, o entretenimento dos filhos, a educação dos filhos, a religião dos filhos, o horário dos filhos, etc. Sem parar. Todos têm uma opinião e acumulam-na aos ombros dos pais.
- Críticas. Vivemos num bairro sem muitos miúdos. A polícia esteve em nossa casa ontem porque os nossos vizinhos ligaram para o 911 (outra vez). Porquê? Qual foi o crime? Os nossos filhos estavam a brincar no fim da rua. O polícia: "Tecnicamente é ilegal brincar na rua. Mas sim, eu sei. Eu cresci a brincar na rua." Só vos apetece atirar as mãos ao ar. "Oh, ok, senhor guarda. Vou fechar os miúdos em casa a partir de agora e vou metê-los a jogar videojogos o dia todo - o senhor sabe, esses videojogos onde eles andam por aí a disparar para pessoas. É melhor?" Acontece de outras maneiras. O sacerdote e os paroquianos a criticar-vos pelo comportamento dos vossos filhos na Missa. Ou apenas o "olhar" que alguns fazem que é pior do que alguma coisa que pudessem ter dito.
Eu não passo por estas coisas a toda a hora, mas às vezes. Estes factores acumulam-se com o nascimento de um bébé. Como disse, com o nascimento de um bébé têm:
- falta de sono
- incerteza
- instabilidade financeira
- montes de conselhos não pedidos
- críticas (dos outros e algumas vezes da vossa mulher)
O Sindroma George Bailey: O que fazer?
Bem, a minha tentação é voltar-me para dentro, tornar-me sombrio e ficar agitado com a minha mulher e filhos. É horrível. Eu lamento-o. Mais ainda, arrependo-me disso.
Quanto estávamos a ter o bébé número 5 (para mim isso foi em 2009), fui tomar café com um homem Católico que respeitava. Tom Spence. Ele tem 10 filhos. É espectacular. Depois de falar com ele deixei naquele dia o Starbucks com duas lições:
1) Devo cultivar uma profunda vida interior de oração, penitência, leitura espiritual. Tem que ficar tão profunda como o Grand Canyon.
2) Tenho que ser intencional com a minha vida: dormir, fitness, casamento, vida emocional, etc.
Bem, a minha tentação é voltar-me para dentro, tornar-me sombrio e ficar agitado com a minha mulher e filhos. É horrível. Eu lamento-o. Mais ainda, arrependo-me disso.
Quanto estávamos a ter o bébé número 5 (para mim isso foi em 2009), fui tomar café com um homem Católico que respeitava. Tom Spence. Ele tem 10 filhos. É espectacular. Depois de falar com ele deixei naquele dia o Starbucks com duas lições:
1) Devo cultivar uma profunda vida interior de oração, penitência, leitura espiritual. Tem que ficar tão profunda como o Grand Canyon.
2) Tenho que ser intencional com a minha vida: dormir, fitness, casamento, vida emocional, etc.
Conselhos práticos para os pais
De certo modo, as minhas reflexões e os podcasts sobre ser pai e viver são meramente um resumo destas duas lições. E deixem-me dizer-vos, eu escrevo este blog e gravo podcasts como uma espécie de terapia para mim mesmo. Estou-me a dar conselhos a mim para que não me continue a esquecer.
Se vocês e eu estivéssemos a tomar café juntos e a falar sobre ser pai e o SGB, eis o que eu diria a cada pai. (Tenho que deixar a Joy dar a versão mãe-esposa algum dia)
- Escrever objectivos pessoais em três categorias: Quero ter, quero fazer, quer ser. Preencham cada categoria e sejam 100% honestos com vocês mesmos. Se querem um fato de seda, uma Harley ou bilhetes para o campeonato, não mintam a vocês mesmos ao não escrevê-los. Escrevam-nos. Escrevam tudo. Deve demorar apenas 5 minutos. Se demorar mais, estão a analizar tudo demasiado.
- Agora criem uma hierarquia para esses objectivos de modo a que possam viver uma vida com vontade. Como expliquei no meu post sobre fazer objectivos, comecem com Deus, a vossa alma, o vosso corpo, a vossa mulher, os vossos filhos, finanças, etc. Eu acredito que os objectivos espirituais estão primeiro e depois os objectivos pessoais (alma e corpo) vêm a seguir, seguidos da família. Podem discordar. A minha defesa desta ordem pode ser encontrada aqui.
-
Três coisas. A alegria sobrenatural nesta vida vem-me quando faço as seguintes coisas diariamente:
- cumprimento dos meus objectivos espirituais: oração mental, leitura da Escritura, Terço
- cumprimento do exercício físico - normalmente correr ou levantar pesos
- trabalho mental criativo que completa os objectivos planeados previamente
Se todos os três forem feitos, sou um grande homem para a minha mulher e para os meus filhos. Se não, não sou.
De certo modo, as minhas reflexões e os podcasts sobre ser pai e viver são meramente um resumo destas duas lições. E deixem-me dizer-vos, eu escrevo este blog e gravo podcasts como uma espécie de terapia para mim mesmo. Estou-me a dar conselhos a mim para que não me continue a esquecer.
Se vocês e eu estivéssemos a tomar café juntos e a falar sobre ser pai e o SGB, eis o que eu diria a cada pai. (Tenho que deixar a Joy dar a versão mãe-esposa algum dia)
- Escrever objectivos pessoais em três categorias: Quero ter, quero fazer, quer ser. Preencham cada categoria e sejam 100% honestos com vocês mesmos. Se querem um fato de seda, uma Harley ou bilhetes para o campeonato, não mintam a vocês mesmos ao não escrevê-los. Escrevam-nos. Escrevam tudo. Deve demorar apenas 5 minutos. Se demorar mais, estão a analizar tudo demasiado.
- Agora criem uma hierarquia para esses objectivos de modo a que possam viver uma vida com vontade. Como expliquei no meu post sobre fazer objectivos, comecem com Deus, a vossa alma, o vosso corpo, a vossa mulher, os vossos filhos, finanças, etc. Eu acredito que os objectivos espirituais estão primeiro e depois os objectivos pessoais (alma e corpo) vêm a seguir, seguidos da família. Podem discordar. A minha defesa desta ordem pode ser encontrada aqui.
- Três coisas. A alegria sobrenatural nesta vida vem-me quando faço as seguintes coisas diariamente:
- cumprimento dos meus objectivos espirituais: oração mental, leitura da Escritura, Terço
- cumprimento do exercício físico - normalmente correr ou levantar pesos
- trabalho mental criativo que completa os objectivos planeados previamente
Se todos os três forem feitos, sou um grande homem para a minha mulher e para os meus filhos. Se não, não sou.
Conclusão: Rever George Bailey
Olhem, se não escreverem intenções ou objectivos, a vida vai passar e vai esticar-vos até estalarem. Têm que planear. Não conseguimos prever tudo. Ainda fico cego. Mas a vida é demasiado curta e a minha família demasiado preciosa para me deixar ir abaixo e ficar em baixo.
Se estão pouco motivados e em baixo. Não se preocupem. Não se sintam perdidos. Deus está convosco. Emanuel. Ele vai ajudar-vos mesmo que ninguém o faça. Aproximem-se dEle. Se precisarem mesmo de motivação, por favor vejam estes 12 atributos que Deus vou deu em Cristo.
E homens. Encontrem o vosso vigor e bravura outra vez. Escrevam uma nota à vossa mulher. Vão para casa e dêem-lhe um grande beijo em frente aos miúdos. Deixem-na saber (e os miúdos saberem) que vocês a amam a ela e a eles e que são o herói da casa deles. Taylor Marshall
Olhem, se não escreverem intenções ou objectivos, a vida vai passar e vai esticar-vos até estalarem. Têm que planear. Não conseguimos prever tudo. Ainda fico cego. Mas a vida é demasiado curta e a minha família demasiado preciosa para me deixar ir abaixo e ficar em baixo.
Se estão pouco motivados e em baixo. Não se preocupem. Não se sintam perdidos. Deus está convosco. Emanuel. Ele vai ajudar-vos mesmo que ninguém o faça. Aproximem-se dEle. Se precisarem mesmo de motivação, por favor vejam estes 12 atributos que Deus vou deu em Cristo.
E homens. Encontrem o vosso vigor e bravura outra vez. Escrevam uma nota à vossa mulher. Vão para casa e dêem-lhe um grande beijo em frente aos miúdos. Deixem-na saber (e os miúdos saberem) que vocês a amam a ela e a eles e que são o herói da casa deles. Taylor Marshall
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