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sábado, 24 de outubro de 2009

SEM NOME (11/06/1981)

Deito-me à sombra do teu sorriso, esqueço-me quando te ouço falar...
Enterneço-me quando me vejo em tuas mãos e entrego-me
À delícia do teu despertar, que é tão lento, que faz inveja à preguiça...
Sonho enfim, os teus sonhos de criança, pois se já és homem,
Mas insistes sempre como criança se comportar...será que é...
Para mais e mais eu declarar que és a minha esperança
De um dia a felicidade contigo alcançar?...

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VIDA SOLITÁRIA (14/06/1981)

Vida solitária, razão da própria inexistência...
Vácuo, que pulsa pedindo ajuda
E ninguém escuta...
Vida sem nexo
Que deixa à margem outras vidas
Envolvidas nos seus próprios problemas...
Vidas vazias, fincadas num porto inseguro
Que pode desmoronar a qualquer instante
Se não chegar o socorro...
Vida solitária...
De um ser dependente da própria insegurança
Que tem como lema
O sonhar de uma vida mais cheia, mais completa,
De outras vidas...
Vida solitária...
Que se mostra inalcansável, mas tão perto
Que a qualquer momento essa vida será
Entrelaçada por outra
Que deseja deixar de ser vida solitária...

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