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sábado, 24 de outubro de 2009

SILÊNCIO...AMOR (02/01/1982)

Silêncio de tudo, de cada grito que vem de dentro,
de dentro de cada momento,
Momento do passado, do passado que vem,
que vem de tempos presentes,
Que poderão se tornar futuro, futuro cheio de angústias
que procuram o silêncio...
O silêncio da paz, da paz que vem do homem,
do homem que se torna importante
A cada segundo, que nos transporta para a maravilhosa vida
que vem cheia de incertezas...
De incertezas à procura da certeza do tempo, do tempo que pode não vir,
se algo interromper
O grito que vem de dentro e que transporta para outro espaço
preenchido do anseio
De um terrível sentimento de solidão, que vive em busca de consolo,
da companhia
De um solitário coração que se rende à simples manifestação
que sacia a sede que se tem sempre
Guardada para se manifestar numa simples entrega
em que se torna presença na vida do outro,
Num silêncio compartilhado depois do amor saciado, na companhia de dois corpos que vivem
Numa procura permanente de um pelo outro, para se juntarem e se tornarem um só...
Um só numa canção que toca numa orquestra de momentos passados
numa constante presença
Da certeza de mais um sonho realizado num silêncio de falas, que é o próprio barulho
Feito por dois seres que somados se tornam um na consciência de um tempo
Esperado por toda a vida, para num futuro talvez, para sempre se juntar
Numa eterna felicidade compartilhada por todos que estão a procura do silêncio
Que nos acalenta durante toda a eternidade desta vida interminável...
Tendo como intervalo a morte que transcende a própria vida para início de outra vida
Que será repleta de silêncio que transmite o próprio anseio de toda paz
Por tanto tempo procurada para não haver mais nem passado e nem futuro,
Somente presente compartilhado com todo Amor,
Que preenche a Vida da felicidade contida na eternidade...
Na eternidade do silêncio da paz e do verdadeiro e imensurável amor...

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