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domingo, 27 de outubro de 2013

Congo: «A população foi abandonada»

MUNDO
Ajuda humanitária

Texto Juliana Batista | Foto Lusa | 27/10/2013 | 07:18
Os confrontos na República Democrática do Congo levaram à fuga das pessoas. Os Médicos Sem Fronteiras pedem que «todas as partes envolvidas no conflito que respeitem a população civil e a integridade das instalações médicas»
IMAGEM
Com a intensificação dos confrontos em Irumu do Sul, na República Democrática do Congo, a organização Médicos Sem Fronteiras (MSF) pede que «todas as partes envolvidas no conflito respeitem a população civil e a integridade das instalações médicas», uma vez que a maioria dos estabelecimentos médicos da região foram saqueados e destruídos nas últimas semanas.

Em comunicado, a organização médica afirma que o «nível de ajuda humanitária é insuficiente para responder às necessidades mais urgentes das pessoas deslocadas» e pede que «recursos adicionais sejam disponibilizados» para dar resposta aos problemas no local.

Desde 23 de agosto, as forças do governo (FARDC) e a Frente pela Resistência Patriótica da milícia Ituri (FRPI) têm disputado o controlo do território, uma situação que forçou mais de 100 mil pessoas a deixarem as suas casas e a viveram com «medo de tiroteios» e de «roubos sistemáticos». «A população foi simplesmente abandonada», disse Fred Meylan, coordenador de emergência dos MSF em Geti, em declarações aos serviços de comunicação da organização, acrescentando que a «situação é inaceitável».

«Até o momento, fomos capazes de manter os serviços de emergência e tratar os feridos, mas as partes envolvidas no conflito precisam respeitar a integridade das instalações de cuidados de saúde», sublinhou. Além da assistência médica, os MSF estão a distribuir mais de 100 mil litros de água por dia às populações deslocadas que estão a viver em abrigos improvisados sem água potável. A organização também construiu mais de 350 latrinas para prevenir o risco de epidemias associadas às más condições sanitárias.

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