Dá para esquiar sem gastar tanto; veja dicas
Pacotes completos mais baratos saem a partir de R$ 4.000 por pessoa.
Diretor de site dá dicas para esquiar no Hemisfério Norte sem pagar tanto.
A temporada de neve no Hemisfério Norte começa no fim de novembro, e muitos brasileiros já planejaram viagens e passeios de esqui em lugares como Aspen, Steamboat, Lake Tahoe, Park City e Deer Valley, nos EUA. Os turistas daqui também não costumam ir sozinhos: a maioria são casais ou famílias, o que deixa os pacotes ainda mais baratos.
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Segundo Armando de Aguinaga, diretor de marketing do site SnowOnline, que traz opções de destinos de neve, o valor de um pacote completo (com trecho aéreo e terrestre) sai a partir de R$ 4.000 por pessoa na baixa temporada, que vai de 20 de novembro a 15 de dezembro. Nas duas últimas semanas de março e nas duas primeiras de abril, os preços também costumam estar menores.
"Para economizar, recomendo fazer a compra antecipada (até o fim de outubro), que chega a dar 60% de desconto em resorts americanos e canadenses. Outras dicas são: pesquisar as semanas de maior demanda interna, fugir de feriados como Natal e Ano-Novo, dar preferência às montanhas mais em conta (Steamboat, Canyons e Heavenly) e ver se o hotel é próximo da pista de esqui, pois isso também encarece o pacote", enumera Aguinaga.
De acordo com o diretor do SnowOnline, depois da crise americana, em 2008, os custos de viagens para destinos com neve baixaram bastante. Para conhecer bem um local, ele indica ficar entre sete em dez dias.
Em volume de gastos, segundo Aguinaga, os brasileiros lideram o ranking nas estações de Aspen, no Colorado, e de Deer Valley, em Utah. Eles também estão mais atentos às variações do câmbio e têm optado por comprar pacotes em reais, segundo o SnowOnline.
Para os turistas que não falam inglês, o idioma não é problema, diz Aguinaga. Nas principais montanhas de esqui, vários instrutores falam português. Em lojas, bares e restaurantes, contudo, é importante saber um pouco da língua para se comunicar melhor.
Aulas de esqui e afins
Quem não sabe praticar esportes na neve, mas tem vontade, pode fazer aulas e cursos de esqui, snowboard e outras atividades de montanha. Na opinião do diretor do SnowOnline, não adianta tentar aprender sozinho, pois a pessoa vai perder o triplo do tempo e ainda voltará frustrada para casa.
Quem não sabe praticar esportes na neve, mas tem vontade, pode fazer aulas e cursos de esqui, snowboard e outras atividades de montanha. Na opinião do diretor do SnowOnline, não adianta tentar aprender sozinho, pois a pessoa vai perder o triplo do tempo e ainda voltará frustrada para casa.
"Indico duas horas de aula no primeiro dia, no segundo apenas prática, e no terceiro mais duas horas, para aperfeiçoamento", recomenda.
As aulas de esqui podem ser coletivas ou individuais. As primeiras são ideais para interagir com outras pessoas, fazer amizades e aprender com os erros dos outros, avalia Aguinaga. Já as classes exclusivas são mais indicadas para indivíduos tímidos ou que queiram otimizar o processo.
Em relação à roupa, o diretor do SnowOnline não sugere a locação, por uma questão de higiene e também de estética – todas as peças são iguais.
"Nem é tão vantajoso alugar, principalmente se for por um período longo. Recomendo comprar a roupa, que já pode ficar para outras viagens", diz. Segundo o SnowOnline, o número de brasileiros que esquiam atualmente é estimado em 130 mil pessoas.
Cinco destinos
Entre tantos destinos de neve nos EUA, Aguinaga destaca cinco para curtir a próxima temporada: Aspen e Steamboat, no Colorado; Deer Valley, Park City e Canyons, em Utah.
Entre tantos destinos de neve nos EUA, Aguinaga destaca cinco para curtir a próxima temporada: Aspen e Steamboat, no Colorado; Deer Valley, Park City e Canyons, em Utah.
"Aspen é número 1 em brasileiros nos EUA, tem muita qualidade e tradição. A cidade é interessante, tem bons restaurantes, lojas, um luxo absoluto", descreve.
O complexo de Aspen, que funcionava até o fim do século 19 como um centro de mineração de prata, oferece ampla infraestrutura e hospedagem, lojas e opções de lazer. Ao todo, a cidade tem 9,5 km² de área – pouco mais da metade da ilha de Fernando de Noronha (PE) – e 8 mil habitantes fixos. Por temporada, o local recebe 100 mil pessoas.
No coração das Montanhas Rochosas e com arquitetura do Velho Oeste americano, Steamboat tem tradição na área de mineração e uma natureza menos comercial, mais "bruta". O ambiente é mais descontraído, com 165 pistas de esqui e snowboard espalhadas em 10 km².
Sobre as atrações de Utah, o diretor do SnowOnline diz que Park City se destaca por ser um lugar acolhedor, de fácil acesso, com neve "leve" e um intenso crescimento nos últimos cinco anos – tem atraído muito os brasileiros. O local reúne 83 pistas de esqui e um centro histórico preservado, onde há até uma Chinatown. É também onde ocorre, sempre em janeiro, o Festival Sundance de Cinema.
"Já em Canyons, a maior montanha de esqui em Utah, há um condomínio na frente das pistas de esqui e é tudo interligado para andar a pé, não é preciso pegar carro para ir a restaurantes ou outros lugares", diz Aguinaga. O espaço tem oito picos e pistas para todos os estilos e níveis, próximo a Park City.
Já em Deer Valley, conhecido como o "resort mais elegante dos EUA", não são aceitos praticantes de snowboard, só esquiadores, alerta o diretor do SnowOnline.
"Lá tudo é caro, luxuoso, exclusivo. Há restaurantes premiados e pistas com neve entre árvores centenárias. É o destino favorito dos esquiadores mais exigentes", conta.
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