Greve de fome: Maria Cecília Vieira, 61 anos, está acorrentada e sem comer há quatro dias.
O protesto iniciou por volta de 8h da quinta-feira (10) e já dura mais de 92h.
É delicado o estado de saúde da servidora pública Maria Cecília Vieira, 61 anos, que trabalha no Departamento de Trânsito do Piauí (Detran). A mulher que está acorrentada e sem comer há quatro dias apresentou nesta segunda-feira (14) sinais de desidratação e pressão baixa. Uma ambulância do Samu esteve no local, mas ela recusou ser levada para o hospital. Maria quer chamar atenção do governador Wilson Martins sobre o Plano de Cargos, Carreira e Salários dos servidores da instituição que não tem reajuste salarial há três anos.
Maria Cecília afirmou que já tentou conversar com o governador por 28 vezes e recebe menos de um salário mínimo na instituição, onde trabalha há 36 anos. "Até os terceirizados que são a grande maioria dos funcionários ganham mais que os servidores que possuem mais de 30 anos de casa. Já fizemos diversas greves e paralisações de advertência, mas não obtivemos êxito”, comentou.
Fenelon Rocha, assessor de comunicação do Governador do Piauí, disse que aguarda o encerramento de uma reunião que o gestor estadual participa para falar sobre a greve de fome da funcionária. Já o Detran informou que vai marcar uma audiência com Wilson Martins para tratar sobre o reajuste salarial que Maria Cecília pede.
O protesto iniciou por volta de 8h do dia 10 de outubro e já dura mais de 92h. A servidora se alimenta apenas com água de coco e mineral. De acordo com Carlos Cordeiro, assessor do Sindicato dos Servidores do Detran, os enfermeiros recomendaram que Maria fosse levada a um hospital, mas ela não quis ir e continuará aguardando um representante do Governo.
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No início do protesto, usando uma corrente e um cadeado, Maria Cecília imobilizou uma das pernas a um dos braços e estava sentada em uma cadeira em frente ao prédio do Detran. Agora, ela deita em um colchonete por não aguentar ficar sentada.
Servidores do Detran acompanharam a manifestação de Cecília e afirmaram que ela se nega a receber atendimento médico, preocupando os familiares e membros do sindicato da categoria. “Ela está desidratada, mas recusa tomar soro fisiológico. Também não quer receber atendimento médico. Estamos preocupados com a saúde de Cecília”, afirmou Carlos Cordeiro, membro do Sindicato da categoria.
Ainda de acordo com Carlos Cordeiro, até as 10h de hoje nenhum representante do Governo apareceu para intermediar uma conversa com Wilson Martins.
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